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ProfSocio promove programação de acolhimento de novos alunos e alunas

Os ingressantes no mestrado profissional participaram de dois dias de recepção com palestras, visitas guiadas e o lançamento do novo dossiê da Revista Coletiva


por : Letícia Barbosa



Evento recepciona novos estudantes do ProfSocio. Foto: Reprodução de Redes Sociais
Evento recepciona novos estudantes do ProfSocio. Foto: Reprodução de Redes Sociais

O início da semana foi marcado pelo início das aulas da nova turma do Mestrado Profissional de Sociologia em Rede Nacional, o ProfSocio. Foram dois dias de recepção aos professores e professoras da educação básica que ingressaram na formação e que puderam conhecer o programa do curso e os equipamentos da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj).


Na segunda (17), a programação começou com um encontro no campus Gilberto Freyre, no bairro de Apipucos. Estiveram presentes a diretora de Formação Profissional e Inovação (DIFOR), Ana Abranches, o diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte (DIMECA), Túlio Velho Barreto, o coordenador do ProfSocio, Allan Monteiro, e os professores, Alexandre Zarias, Viviane Toraci, Henrique Guimarães e Darcilene Gomes.


À frente da mesa, Allan Monteiro explicou aos alunos e alunas detalhes sobre o ProfSocio, como as três linhas de pesquisa – Educação, escola e sociedade; Juventudes e questões contemporâneas; e Práticas de ensino e conteúdos curriculares. Durante sua exposição, o pesquisador apresentou a Revista Coletiva, o Laboratório Multiusuários em Humanidades (MultiHlab) e ao Laboratório de Pesquisa e Extensão do Programa de Iniciação Científica da Fundaj (SocioLab), espaços que os estudantes terão oportunidade de usufruir em seus estudos e prática pedagógica. 


Já Alexandre Zarias falou a respeito da pesquisa sobre ensino de Sociologia. Ao apresentar um pouco da história de constituição do ProfSocio, o professor destacou a potência do mestrado que já conta com cerca de 75 trabalhos de conclusão de curso (ou TCCs) defendidos, cada um representando um registro de aspectos da educação brasileira e contribuindo para a produção acadêmica sobre o assunto. Em um momento de grandes mudanças, como a pandemia de covid-19, o atraso na aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE) e o descaso com a educação de governos anteriores,   esses projetos são verdadeiros raios-x da escola pública, defende ele.


A flexibilidade de formatos dos TCCs é um grande diferencial do ProfSocio. Para Alexandre, uma dissertação acadêmica não seria capaz de sistematizar a diversidade e riqueza de conhecimentos agregados ao programa pelos próprios bolsistas. Dessa forma, a produção de material didático ou a elaboração de intervenções pedagógicas são escolhas acertadas para as propostas.



De professor para professor



O primeiro dia de recepção contou ainda com a participação dos novos alunos e alunas, que no seu dia a dia são também professores. Alexandre explica que o perfil dos discentes do programa é de pessoas que atuam em sala de aula, mas que não tiveram contato aprofundado com a pesquisa, e agora o curso oferece um olhar informado sobre sua realidade.


Quanto à origem acadêmica da turma, o ProfSocio atrai profissionais da educação de diversos campos do conhecimento, não se limitando aos professores de Sociologia. É o caso de Adeildo Cristóvam. Com carreira na área de Letras, o educador entrou no mestrado em 2024 com o objetivo de ampliar seu repertório para as aulas de redação.

“Na minha prática de sala de aula de redação, os debates promovidos sofreram um impacto direto desse aprofundamento em Sociologia. Assim como tiveram impacto profundo na minha visão de mundo, na relação com minha própria profissão. Terminei me apaixonando pela área”, revela Adeildo.

O encanto pela nova área foi tanto, que ele decidiu ingressar em uma segunda graduação, desta vez, em Ciências Sociais. “Continuo dando aula de redação, porém agora com pitadas de Sociologia”, afirma.


Na turma anterior, em 2023, Edja Silva fez movimento semelhante ao ingressar no ProfSocio, mesmo atuando como professora de Geografia. Prestes a concluir a formação, sua escolha foi motivada pelo interesse em melhorar seu desempenho na Educação de Jovens e Adultos (EJA).


“Eu tinha curiosidade sobre as questões da área de Sociologia e encontrei no ProfSocio o aporte teórico para fazer um trabalho de interdisciplinaridade com a minha disciplina, que é a Geografia. Isso enriqueceu a minha prática pedagógica, pois posso buscar outros referenciais para continuar melhorando”, afirma a professora.

Para Edja, a interação com colegas de áreas diferentes torna o processo de aprendizagem ainda mais estimulante. “Gente de História, Geografia, Sociologia, Língua Portuguesa; tinha até uma amiga com três formações acadêmicas. Essa interdisciplinaridade foi uma experiência agregada na construção do conhecimento”, declara.



A Coletiva no ProfSocio 


No segundo dia de programação, a Revista Coletiva, que é uma atividade de extensão do ProfSocio, promoveu o lançamento oficial de seu 35º dossiê, com o tema Periferias. Na ocasião, a equipe conversou sobre o processo de construção da publicação, os artigos, entrevistas e reportagens componentes do novo número.


Estiveram presentes os editores temáticos da edição, Cristiano Borba e Artur Onayiê, as articulistas Giovanna Carneiro e Pollyana Calado. Também participaram da apresentação as estagiárias da Fundaj Letícia Barbosa (jornalismo) e Lívyan Araújo (design) e a nova redatora da Coletiva, Anne Xaves. O terceiro editor temático, Amaro Mendonça, fez sua participação por vídeo.O Dossiê Periferias explora o movimento recente de emergência de novos sentidos e entendimentos sobre o termo,  que convocam o poder público e outras instituições a pensar as suas identidades, demandas e potencialidades específicas. Entre os destaques, o Dossiê põe luz sobre aspectos como subjetividades periféricas, interseccionalidade de gênero e raça, trabalho precarizado, mudanças climáticas e música e manifestações culturais.


Além das atividades em Apipucos, durante os dois dias de recepção, os mestrandos e mestrandas também tiveram a oportunidade de conhecer os demais campi da Fundaj e o Museu do Homem do Nordeste (Muhne) por meio de visitas guiadas.


 

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