Educação e
Diferenças e...
Editores Temáticos: Alik Wunder e
Antonio Carlos Rodrigues de Amorim
nº 28 | 29 de agosto de 2024
Enredar:
criação coletiva de um corpo-território ancestral em uma universidade
Alik Wunder
“Teko porã é o que sempre buscamos, o bem-estar de todos os teko”
Sandra Benites
Esta escrita se faz a partir de um território específico, de um jardim em uma universidade pública, no interior do estado de São Paulo, Campinas, Brasil. Em uma cidade em que a “promissora” história do ciclo do café é contada e recontada de diversas formas, a história dos que foram expulsos daqui e tudo que antecedeu o período colonial, parece não ter importância. Em Campinas não há registros oficiais da presença de povos originários que nela viveram. Uma invisibilidade histórica que se repete nas narrativas familiares, das instituições e de cada pedaço de chão que pisamos na cidade. Certamente foi uma região habitada por populações indígenas, possivelmente pelo povo Guarani que, ainda hoje, vive nas cidades, nas florestas, nas montanhas e nas restingas do estado de São Paulo. Em reverência a este povo, que um dia cuidou desta terra onde hoje estamos, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), sigo nesta escrita acompanhada pelas belas palavras de uma mulher guarani, Sandra Benites, colhidas do texto Kunhã py’a guazu (2023). Nascida em Mato Grosso do Sul, Sandra é pesquisadora, mestre em antropologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), educadora e curadora de arte. Ela caminha pelo mundo guiada por seu nome guarani Ara Rete – força do dia ou força do céu. Deixo-me acompanhar por suas “palavras germinantes” (Santos, 2023), por sua escrita sobre o Teko porã, o bem-viver do povo Guarani. Junto com estas palavras guarani trago aqui as intenções e desejos que este jardim aponta.
Escrevo desde uma terra vermelha, desde uma roda de troncos coloridos que se ergue sobre um chão de pedras claras. Redes de diversas cores unem os troncos e nos lembram que nascemos num país onde a maioria dos povos indígenas, todas as noites, dormem e sonham enredados. Minhas palavras partem deste espaço circular que acompanha os desenhos de grandes árvores que ali vivem há décadas, desde a fundação da Faculdade de Educação, árvores de mais de 50 anos. O jardim ganhou o nome de Jardim dos Saberes Ancestrais[1]: um lugar de descanso, convívio, encontros, aulas, oficinas, brincadeiras... Ele vem para nos lembrar das ancestralidades que nos compõem e, em especial, daquelas que por séculos foram silenciadas e invisibilizadas em nosso país de violências coloniais. Vem para reverenciarmos e presentificarmos os diferentes tekos - modos de ser - como nas palavras de Sandra Benites:
“Teko é o modo de ser, o modo de estar no mundo, o modo de enxergar o mundo. O Teko se produz e se transforma durante a caminhada de um ser. É um processo que está sempre em movimento, e sua transformação está relacionada a vivência e as relações com o entorno”. (Benites, p.194, 2023)
Ela explica que há tekos presentes nos diferentes povos e comunidades e dentro de um mesmo povo há também diversos tekos: das mulheres, das crianças, dos velhos, dos jovens, das mulheres que se relacionam com mulheres, dos homens que se relacionam com homens... São modos de ser diversos e, segundo os Guarani, “se não é dada a voz a todos estes tekos, eles podem ser apagados”. O jardim ancestral dá voz, corpo e visibilidade às artes e aos saberes ancestrais de povos indígenas e comunidades afro-diaspóricas e às suas diversas formas de conviver, criar, ensinar e aprender. Celebramos nele as artes, os conhecimentos, as experiências, os tekos de diferentes povos e comunidades que nos últimos anos passaram a compor de maneira perene a comunidade universitária da Unicamp com o Programa de Cotas Étnico-raciais, resultado de anos de lutas dos movimentos negros, indígenas e estudantil. Este necessário gesto político de nossa universidade, embora tardio, tem criado profundas transformações nos nossos modos de conviver. Desde 2019, o percentual de estudantes negras/os/es e indígenas vem aumentando nos diferentes cursos, e felizmente percebemos isso ao caminhar pelo campus. Em 2024, a comunidade indígena da universidade chega a 400 pessoas, pertencentes a mais de 45 diferentes povos; o percentual de estudantes negras/os/es matriculados, neste mesmo ano, é de 30,5% e mais de 50% dos estudantes da Unicamp provém da escola pública. Uma universidade que historicamente ofereceu educação gratuita a uma maioria de estudantes brancos/as de classe média e alta, transforma-se radicalmente, especialmente, nos últimos cinco anos. Estamos em um novo movimento, repleto de desafios, conflitos e potencialidades.
Figura 1: O Jardim dos Saberes Ancestrais na Unicamp em construção. Fotografias: Alik Wunder; Malu Arruda; Mawanaya Waujá; Miki Narita
Figura 2: Toras de madeira sendo pintadas de acordo com a etnia presente. Fotografias: Alik Wunder; Malu Arruda; Mawanaya Waujá; Miki Narita
Figura 3 e 4 Diversidade das artes indígenas Fotografias: Alik Wunder; Malu Arruda; Mawanaya Waujá; Miki Narita
Como abrir neste mundo muitos outros mundos possíveis pela arte do encontro na diferença? Esta pergunta tem mobilizado minhas pesquisas, projetos de extensão e atuações em sala de aula. Venho movimentando pensamentos e experimentações artísticas pelas fronteiras férteis entre arte, educação e povos indígenas. O filósofo francês Gilles Deleuze (2010) nos convida a ver a potência dos encontros na diferença e a “pensar o outro não apenas como um sujeito que vê o mundo de outra maneira, mas como uma diferença (humana ou não-humana) que se instaura, como um acontecimento que abre frestas para vislumbrarmos realidades sempre diversas e variáveis” (Wunder, p.514, 2027). Tenho buscado encontrar com as imagens e palavras indígenas no sentido de uma educação que se deixe contagiar por estas forças, por estes “acontecimentos que abrem frestas”, e não somente conceda um lugar dentro de seus já conhecidos territórios de saber. Com estas perguntas e desejos tenho me juntado a estudantes de graduação e pós e colegas – professoras/es, pesquisadoras/es, indígenas e não-indígenas, em encontros diversos para partilhas e criações.
O Jardim dos Saberes Ancestrais tomou forma como obra coletiva em abril de 2024. Foi sonhado inicialmente por um pequeno grupo de estudantes indígenas, em 2022, quando ainda estávamos nos cuidados da pandemia da Covid 19. Realizamos, durante aquele ano, encontros do projeto Livros Vivos: saberes indígenas, saberes vegetais nas áreas abertas para diminuir os riscos de contágio. Este projeto é desenvolvido, desde o primeiro ano do ingresso da primeira turma de estudantes pelo Vestibular Indígena da Unicamp e visa abrir um espaço-tempo no cotidiano acadêmico para rodas de partilha de experiências de vida, conhecimentos, arte, em especial aquelas que se referem às relações com o mundo vegetal: jardins, roças, floresta... Fazem parte dele doze bolsistas pertencentes a povos de diferentes regiões do país (Wunder et al, 2023). Desse convívio semanal com o jardim foram surgindo ideias de fazermos um espaço com redes embaixo das frondosas árvores. Passamos mais de um ano elaborando a proposta, dialogando com gestoras/es, servidoras/es, setores administrativos, professoras/es, estudantes e buscando financiamento. Ao final de 2023, conseguimos aprovar um financiamento [2] e iniciamos as obras. Foram dois meses de reforma para a instalação dos troncos e pedras e outros dois meses de pinturas realizadas pelos estudantes. Gestos diversos que aconteceram em uma mobilização coletiva de muitos dias: planejar, desenhar, conversar, cavar, lixar, pintar, pausar, lanchar, plantar, fotografar, cantar... A história do nascimento dessa obra coletiva dá a ver que a ocupação cotidiana dos jardins da universidade possibilitou um outro modo de encontro com o lugar e com os diferentes seres viventes que o habitam. Aconteceu um processo lento e criativo com as árvores, com a terra, com os pássaros, com as formigas... Criamos juntos uma intimidade com aquele ambiente ao convivermos com ele durante um ano. Tivemos tempo de observar o desenho circular das árvores, a disposição de cada planta, as luzes e as sombras a cada momento do dia e, devagar entre muitas conversas e observações, fomos desenhando o sonho deste jardim ancestral.
Figura 5: Cada pintura representando uma etnia. Fotografias: Alik Wunder; Malu Arruda; Mawanaya Waujá; Miki Narita
Figura 6: Preparação do Jardim dos Saberes Ancestrais. Fotografias: Alik Wunder; Malu Arruda; Mawanaya Waujá; Miki Narita
As/os 47 artistas convidadas/os - coautoras/es dessa obra - são em sua maioria, estudantes de graduação e pós-graduação da Unicamp, que presentificaram no espaço suas ancestralidades na forma de imagens e cores. Cada tronco foi criado por um coletivo de estudantes pertencentes a um povo, a um conjunto de povos ou a um coletivo. A maior parte das pinturas traz grafismos ancestrais de povos indígenas, povos africanos e desenhos de importância para as comunidades afro-diaspóricas. Fizeram-se presentes os povos indígenas brasileiros: Kuikuro, Waujá, Tukano, Dessana, Tikuna, Guarani-Mbyá, Kaiowá, Aymara, Atikun, Pankará, Kariri-Xocó, Kaingang, Terena, Baré, Baniwa, Yawánawa... Foram meses de pinturas por longos dias de dedicação. Havia no ar, enquanto cada pintura era feita, uma concentração, um silêncio e uma alegria. Nestes dias, foram se aproximando pessoas de outras ancestralidades: ciganas, andinas, indiana, orientais... Através delas fizeram-se presente povos originários da Índia (povos Hindu), do Japão (povo Ainu), da Noruega (povo Sami), da Nigéria (povo Yoruba), da Colômbia (povo Nasa), povos ciganos (povos Rom, Calon e outros), de Burkina Faso (povo Ewé)... Chegaram ancestralidades inusitadas, uma menina pediu para pintar o “o mundo das crianças”, uma artista trouxe os ancestrais vegetais, outra os fungos... Povos, comunidades, mundos e seres foram se achegando, se movimentando e fazendo este lugar acontecer. Um encontro nas diferenças, equilibrado pelo desejo de estar junto com seu corpo, seu território, seu teko...
“Cada corpo é um território. Procuramos sempre respeitar o teko do outro, mesmo que não sejamos iguais, para equilibrar o movimento do lugar. O lugar que nos movimentamos também é movimentado pelas pessoas que estão nele” (Benites, p.195, 2023)
Desde a sua inauguração, o jardim tem sido ocupado diariamente por estudantes, servidoras/es, professoras/es e comunidade externa para descanso, reuniões, conversas, oficinas, eventos... Têm acontecido muitas aulas - diurnas e noturnas - com o uso das redes coloridas e esteiras de palha que integram a obra. Em um fim de tarde, crianças de uma escola fizeram do jardim ancestral um parquinho: as redes se transformaram em coloridos balanços. É perceptível o desejo de sair das quatro paredes, de sentir o sol, a sombra, o vento, o cheiro da terra e partilhar a vida com outros seres. Uma necessidade coletiva dos nossos tempos.
Figura 7: Rodas de projetos culturais e debates. Fotografias: Alik Wunder; Malu Arruda; Mawanaya Waujá; Miki Narita
Figura 8 e 9: Pinturas ancestrais por cada povo indígena. Fotografias: Alik Wunder; Malu Arruda; Mawanaya Waujá; Miki Narita
Muitas rodas de partilha já se fizeram neste lugar: recebemos a pajé Japira Pataxó, liderança da aldeia Novos Guerreiros de Porto Seguro (BA), que nos ofereceu uma roda de partilha sobre seus “Saberes dos Matos”. Lá ela colheu ervas, preparou banhos e ensinou o sentido dos cuidados da saúde por meio das plantas para o povo Pataxó. Recebemos a performance Ser-huma-nós de Lilly Baniwa, atriz formada pela Unicamp. Recebemos o fogo no dia da leitura dramática do livro A queda do céu, dirigida pelo Teatro Oficina e encenada por estudantes indígenas da área de artes. Recebemos o lançamento do filme Ulei: corpo ancestral realizado por estudantes do projeto Livros Vivos, numa noite em que o lugar virou cinema ao ar livre e inaugurou o Cine Jardim que segue acontecendo. E recebemos Sebastião Duarte Tukano e Clara Mora Dessana, pais de estudantes da Unicamp, moradores do Alto Rio Negro, que realizaram partilhas de saberes artísticos do grafismo e cerâmica do povo Y’epá Mahsã. Corpos pintados e objetos de cerâmicas animaram ainda mais o lugar. Os sentidos de educar para os indígenas estão presentes em uma Faculdade de Educação. Sandra Benites escreve sobre a palavra Mbo’e – educar, ensinar – da língua Guarani: “não é apenas contar o que está no papel; educar em Guarani é fazer junto, demonstrar, praticar e aprender fazendo” (Benites, p.201, 2023). São muitos os caminhos a percorrer para um encontro com os diversos modos de educar dos povos indígenas, caminho que nossa teoria educacional fez pouco. Esses são alguns caminhos que temos percorrido entre artes indígenas e educação, buscando fortalecer cada modo de ser, cada teko, fortalecendo a todas/os/es nós.
Figuras 9, 10 e 11: Roda de Partilha, aulas ao ar livre e expressão artística no Jardim dos Saberes Ancestrais. Fotografias: Alik Wunder; Malu Arruda; Mawanaya Waujá; Miki Narita
O caminhar do Jardim dos Saberes Ancestrais, sonhado e materializado por tantas pessoas, nos faz entrar em contato com uma ampla rede de conhecimentos e sentidos de vida. Criamos uma instalação viva e colorida para nossos corpos se deitarem nas redes, sentarem-se em tocos e esteiras, saírem dos moldes estabelecidos pelas conhecidas cadeiras-mesas das salas de aula, que domesticam nossos corpos diariamente. É um convite a deitar na rede e tirar os pés do chão, fechar os olhos, ouvir os sons ao redor, olhar para cima, ver o desenho que as grandes copas das árvores fazem em contraste com o céu. A rede: um objeto que perdura como resistência e persistência indígena em nosso país. Ela nos convida a experimentar um outro corpo, um outro território desde este corpo-território-universidade tão marcado pelas lógicas disciplinares, disciplinadoras e urbanocêntricas. Enredadas/os/es celebramos a multiplicidade de povos e comunidades que compõe a universidade hoje, bem como seus jardins e árvores ancestrais... É a potência dos encontros na diferença que esta obra coletiva deseja dar visibilidade: muitos tekos convivendo, cada qual a seu modo, criando outros modos de estar junto e reafirmando o sonho para que as partilhas sigam acontecendo.
Figura 12: Jardim dos Saberes Ancestrais: por outro modo de educação. Fotografias: Alik Wunder; Malu Arruda; Mawanaya Waujá; Miki Narita
NOTAS
[1] Ficha Técnica do Jardim dos Saberes Ancestrais: Coordenação geral: Alik Wunder. Idealização e Produção: Alik Wunder, Projeto Livros Vivos: saberes indígenas, saberes vegetais: Naldo Tukano, Lilly Baniwa, Ahuaugu Kuikuro, Mawanaya Waujá, Vera Lucia Aguiar Moura Tukano, Janilton Pinheiro Ferreira - Tukano e Leandro Silveira Guarani Mbya e Rafael Nascimento; Malu Arruda e Kelly Sabino. Pinturas: Ahuaugu Kuikuro; Ana Kely Paema da Costa; Andrea Desiderio Silva; Antonio Ariclenes Cassiano da Costa; Bianca Camargo Alves; Cleomar Gaspar Melgueiro; Cora Desiderio Poltronieri; Dayana Silvério Machado; Fabio Cesar Luiz da Silva; Gabriel Jesuíno Flores Filho; Giselle Assunção Barreto; Hatsue Narita; Ibison Cruz de Aguiar; Ismênia Alfredo Carvalho; Jamille da Silva Lima-Payayá; Janilton Pinheiro Ferreira; Jaraky Kuikuro; Jocilane Moura Lopes; Jorge Orjuela; Kaylan Rodrigues; Larissa Yepadhio Mota; Leandro Silveira Guarani Mbya; Leonardo Luiz da Silva; Lucinalva Moura Lopes; Marcelo Soares da Silva; Maria Clara Santos de Oliveira; Marilia Chupel Freire Carvalho dos Santos; Marli Wunder; Mawanaya Waujá; Miki Narita ; Monique Laura Pena Pontes; Nalberth Alberto Barreto; Natalli Jennifer Tancredo de Oliveira; Nicolas Felipe da Silva; Nishta Nishta; Patrícia Veiga; Quirino Pinto Lucas; Rayane Barbosa Kaingang; Sidney Alemão Cordeiro; Susana Oliveira Dias; Tania Rosana Carita Sahire; Vera Lucia Aguiar Moura e Victor Hugo da Silva Iwakami. Apoio: Faculdade de Educação – Unicamp e Diretoria de Cultura (Proec – Unicamp).
[2] Prêmio Atividades Artística – Diretoria de Cultura – Pró- Reitoria de Extensão e Cultura, Unicamp - 2023
PARA SABER MAIS
BENITES, Sandra. Kunhã py’á guazu. In: CARNEVALLI, Felipe; REGALDO, Fernanda; LOBATO, Paula; MARQUEZ, Renata e CANÇADO, Wellington. Terra: antologia afro-indígena. São Paulo/Belo Horizonte: Ubu Editora/PISEAGRAMA, 2023.
SANTOS, Antônio Bispo dos. A terra dá, a terra quer. Imagens de Santídio Pereira. São Paulo: Ubu Editora, 2023.
WUNDER, Alik; BANIWA; TUKANO, Vera Moura, PINHEIRO, Janilton; WAUJÁ, Mawanaia; GUARANI, Leandro Silveira e TUKANO, Naldo Yupurí. LivrosVivos: palavras, imagens, plantas e gentes em criação. In Revista ClimaCom, Ano, 9, n.23, Dossiê Políticas Vegetais, 2023.
WUNDER, Alik. Encontros com poéticas indígenas, férteis fronteiras entre a educação e as artes. Quaestio, Sorocaba, SP, v. 19, n. 3, p. 513-527, dez. 2017.
O AUTOR
Alik Wunder tem graduação em ciências biológicas (1999), mestrado (2002) e doutorado (2008) em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Atualmente é professora livre docente na Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas, vinculada ao Departamento de educação, conhecimento, linguagem e arte (Delart), atuando na pós-graduação em educação e na graduação em cursos de licenciatura e no Programa de formação inicial para ingressantes do vestibular indígena. É pesquisadora do Laboratório dos Estudos Audiovisuais - Olho e integra como pesquisadora convidada o Ceape - Centro de Antropologia e Processos Educativos da Faculdade de Educação - Unicamp e o Grupo de Pesquisa Multitão do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo - Labjor - Unicamp. É vice-presidente da Comissão Assessora para a Inclusão Acadêmica e Participação dos Povos Indígenas (Caiapi), ligada à Diretoria Executiva de Direitos Humanos da Unicamp. Realiza pesquisas na área de educação, com ênfase em estudos da imagem, filosofia contemporânea, experimentações visuais e literárias, artes e pensamentos indígenas. Tem ancestralidade - por parte de pai - alemã e - por parte de mãe - guarani, portuguesa, espanhola, dentre outras.
COMO CITAR ESSE TEXTO
WUNDER, Alik. Enredar: criação coletiva de um corpo-território ancestral em uma universidade (Artigo). In: Coletiva - Educação e Diferenças e… nº 28. Publicado em 29 agosto. 2024. Disponível em: <https://https://www.coletiva.org/educação-e-diferenças-e-enredar-alik-wunder>. ISSN 2179-1287.
Anteriores
Luís Cláudio Mendes
| nº 27 | 03 de abril de 2024
Karina Miki Narita
| nº 26 | 26 de setembro de 2023
Francieli Regina Garlet
Marilda Oliveira de Oliveira
| nº 25 | 19 de junho de 2023